sábado, 31 de julio de 2010
Músicas
Pais de la Libertad - Leon Gieco
Como la cigarra - Leon Gieco
Sobreviviendo - Victor Heredia
Angel de la bicicleta - Leon Gieco
El viejo Matias - Leon Gieco y Victor Heredia
Razón de vivir - Victor Heredia
Pensar en nada - Los Piojos, León Gieco & Pappo.
viernes, 30 de julio de 2010
Lutero avanza en América Latina
El protestantismo avanza en América Latina. No hay estadísticas unificadas pero en El Salvador, según una reciente encuesta del IUDOP -instituto dependiente de la jesuita Universidad Centroamericana-, los que se declaran protestantes -en 1988, apenas un 16%- hoy suponen más del 38% de la población. Y en el resto del continente, con la excepción de México, al menos una de cada 10 personas es protestante. En algunos casos, como en Guatemala, hasta se anuncia que el país será pronto mayoritariamente evangélico.
El protestantismo avanza en América Latina. No hay estadísticas unificadas pero en El Salvador, según una reciente encuesta del IUDOP -instituto dependiente de la jesuita Universidad Centroamericana-, los que se declaran protestantes -en 1988, apenas un 16%- hoy suponen más del 38% de la población. Y en el resto del continente, con la excepción de México, al menos una de cada 10 personas es protestante. En algunos casos, como en Guatemala, hasta se anuncia que el país será pronto mayoritariamente evangélico.
domingo, 25 de julio de 2010
Marina cobra de adversários posição sobre reforma do Código Florestal
ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER DE SÃO PAULO
A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, fez cobranças neste domingo a seus principais adversários, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB).
Fez jus ao peso verde de sua candidatura ao condenar o "silêncio muito grande da parte dos dois candidatos em relação a essa mudança que estão propondo no Código Florestal".
Por tabela, Marina criticou as plataformas ambientais dos concorrentes. "Quem está dizendo que vai reduzir desmatamento com certeza tem que se comprometer primeiro em evitar esse estelionato ambiental."
A reforma do Código Florestal, apresentada pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), deverá ser votada na Câmara só no ano que vem. Sob mira de Marina estão fatores como a redução das áreas de proteção ambiental e a anistia de até R$ 10 bilhões em multas a desmatadores.
Marina Silva compara sua candidatura com uma "pororoca"
Cabral aparece com 35 pontos de vantagem sobre Gabeira no Rio
Serra e Dilma continuam empatados na corrida presidencial, aponta Datafolha
Marina afirma que país precisa investir na "infraestrutura humana"
A presidenciável também criticou a ausência dos candidatos em debates. "Lamentavelmente, há um movimento de colocar o eleitor no anonimato. Tanto nos Estados quanto no plano federal, [eles] não se dispõem ao debate democrático." Ela se referia também ao recuo de candidatos ao governo, como Sérgio Cabral (PMDB), que não confirmou presença em debates no Rio de Janeiro.
Essa debandada, a seu ver, prejudica o acesso do eleitor "às ideias, à visão e à trajetória dos candidatos".
Na semana passada, Dilma cancelou participação em debate que seria promovido nesta segunda-feira por portais da internet (Terra, MSN, iG e Yahoo!).
Em efeito dominó, o adversário tucano desmarcou sua presença no confronto após saber que "Dilma já não ia", como afirmou ontem no Paraná. A Folha quis saber se Marina detectava descaso de Serra quanto à concorrência do PV.
"Eu diria... Não quero dizer", Marina riu e hesitou num primeiro momento. "Talvez [haja] uma certa insegurança", completou sobre a desistência do tucano.
Marina voltou à promessa de elevar os investimentos em educação de 5% para 7% (proporcionais ao PIB). Disse que o investimento médio do governo por aluno deve ser de no mínimo R$ 2.000, em oposição aos atuais R$ 1.114. "Tem-se uma clareza muito grande em torno da infraestrutura física, mas não se tem a mesma clareza de que estamos à beira de um apagão de recursos humanos."
No último Datafolha, a candidata aparece com 10% das intenções de voto, oscilação positiva de 1% em relação à última pesquisa.
PLANO DE GOVERNO
Na terça-feira, o PV lançará novo plano de governo, mas sem alterações significativas, disse sua presidenciável.
A explicação foi brecha para nova alfinetada nos oponentes: "Nossa proposta continua a mesma coisa. Estamos fazendo aquilo que já havíamos nos comprometido a fazer, diferente daqueles que apresentaram versões [Dilma] e discursos [Serra] como se fossem proposta de governo".
O encontro com Marina ocorreu num estúdio de muros grafitados do bairro da Lapa, zona oeste de São Paulo --onde os programas de TV dela são gravados. Com ela estavam nove dos 11 candidatos a governador pelo PV, exceto Rogério Novaes (SC) e Luiz Bassuma (BA).
Na hora da foto, Marina se posicionou entre seu vice, o empresário Guilherme Leal, e Fernando Gabeira, aspirante ao governo do Rio e único com chances reais de se manter na disputa --ultrapassa os dois dígitos na intenção de votos, com 18% versus 53% de Sérgio Cabral, conforme pesquisa Datafolha divulgada no sábado.
A candidatura de Gabeira também tem apoio do PSDB. Ele não acredita que essa "vida dupla" possa confundir o eleitorado. "Vocês acham que eleitor fica confuso, mas ele sabe claramente. Sabe que a minha candidata é a Marina e que o Serra me apoia."
No sábado, Marina se reuniu com aspirantes do PV a governos e Senado para planejar "como vai ser nossa campanha a partir de agora, com todos oficialmente candidatos".
ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER DE SÃO PAULO
A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, fez cobranças neste domingo a seus principais adversários, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB).
Fez jus ao peso verde de sua candidatura ao condenar o "silêncio muito grande da parte dos dois candidatos em relação a essa mudança que estão propondo no Código Florestal".
Por tabela, Marina criticou as plataformas ambientais dos concorrentes. "Quem está dizendo que vai reduzir desmatamento com certeza tem que se comprometer primeiro em evitar esse estelionato ambiental."
A reforma do Código Florestal, apresentada pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), deverá ser votada na Câmara só no ano que vem. Sob mira de Marina estão fatores como a redução das áreas de proteção ambiental e a anistia de até R$ 10 bilhões em multas a desmatadores.
Marina Silva compara sua candidatura com uma "pororoca"
Cabral aparece com 35 pontos de vantagem sobre Gabeira no Rio
Serra e Dilma continuam empatados na corrida presidencial, aponta Datafolha
Marina afirma que país precisa investir na "infraestrutura humana"
A presidenciável também criticou a ausência dos candidatos em debates. "Lamentavelmente, há um movimento de colocar o eleitor no anonimato. Tanto nos Estados quanto no plano federal, [eles] não se dispõem ao debate democrático." Ela se referia também ao recuo de candidatos ao governo, como Sérgio Cabral (PMDB), que não confirmou presença em debates no Rio de Janeiro.
Essa debandada, a seu ver, prejudica o acesso do eleitor "às ideias, à visão e à trajetória dos candidatos".
Na semana passada, Dilma cancelou participação em debate que seria promovido nesta segunda-feira por portais da internet (Terra, MSN, iG e Yahoo!).
Em efeito dominó, o adversário tucano desmarcou sua presença no confronto após saber que "Dilma já não ia", como afirmou ontem no Paraná. A Folha quis saber se Marina detectava descaso de Serra quanto à concorrência do PV.
"Eu diria... Não quero dizer", Marina riu e hesitou num primeiro momento. "Talvez [haja] uma certa insegurança", completou sobre a desistência do tucano.
Marina voltou à promessa de elevar os investimentos em educação de 5% para 7% (proporcionais ao PIB). Disse que o investimento médio do governo por aluno deve ser de no mínimo R$ 2.000, em oposição aos atuais R$ 1.114. "Tem-se uma clareza muito grande em torno da infraestrutura física, mas não se tem a mesma clareza de que estamos à beira de um apagão de recursos humanos."
No último Datafolha, a candidata aparece com 10% das intenções de voto, oscilação positiva de 1% em relação à última pesquisa.
PLANO DE GOVERNO
Na terça-feira, o PV lançará novo plano de governo, mas sem alterações significativas, disse sua presidenciável.
A explicação foi brecha para nova alfinetada nos oponentes: "Nossa proposta continua a mesma coisa. Estamos fazendo aquilo que já havíamos nos comprometido a fazer, diferente daqueles que apresentaram versões [Dilma] e discursos [Serra] como se fossem proposta de governo".
O encontro com Marina ocorreu num estúdio de muros grafitados do bairro da Lapa, zona oeste de São Paulo --onde os programas de TV dela são gravados. Com ela estavam nove dos 11 candidatos a governador pelo PV, exceto Rogério Novaes (SC) e Luiz Bassuma (BA).
Na hora da foto, Marina se posicionou entre seu vice, o empresário Guilherme Leal, e Fernando Gabeira, aspirante ao governo do Rio e único com chances reais de se manter na disputa --ultrapassa os dois dígitos na intenção de votos, com 18% versus 53% de Sérgio Cabral, conforme pesquisa Datafolha divulgada no sábado.
A candidatura de Gabeira também tem apoio do PSDB. Ele não acredita que essa "vida dupla" possa confundir o eleitorado. "Vocês acham que eleitor fica confuso, mas ele sabe claramente. Sabe que a minha candidata é a Marina e que o Serra me apoia."
No sábado, Marina se reuniu com aspirantes do PV a governos e Senado para planejar "como vai ser nossa campanha a partir de agora, com todos oficialmente candidatos".
Índios invadem canteiro de construção de hidrelétrica no Mato Grosso
Cem operários foram feitos reféns para exigir compensação financeira pela inundação de áreas indígenas
25 de julho de 2010
Vannildo Mendes, de O Estado de S. Paulo
Pintados para a guerra e armados de flechas e tacapes, índios de onze etnias invadiram neste domingo, 25, o canteiro de construção da usina hidrelétrica de Dardanelos, no Mato Grosso, e tomaram cerca de cem operários como reféns.
Eles querem receber uma compensação financeira de R$ 10 milhões pela inundação de áreas indígenas e a interrupção dos projetos de expansão da produção energética por meio de pequenas centrais (PCHs) previstas ao longo do rio Juruena, que corta as reservas.
Por determinação do Ministério da Justiça, uma comissão, integrada por representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Polícia Federal se deslocará nesta segunda-feira para Aripuanã, norte do Mato Grosso, a cerca de mil quilômetros de Cuiabá, onde fica a sede da hidrelétrica invadida, para negociar a libertação dos reféns e a solução do impasse. Os controladores do empreendimento também entrarão com pedido de reintegração de posse.
A tomada da hidrelétrica foi feita pela manhã por cerca de 300 guerreiros, liderados por caciques das etnias Arara e Cinta Larga, conhecidas pela valentia.
Os cintas largas procedem da mesma região de Rondônia, a Reserva Roosevelt onde, em 2004, foram massacrados 29 garimpeiros num garimpo de diamantes. Os primeiros relatos da invasão são imprecisos, mas não há registro de mortos ou de confronto entre índios e operários, que receberam os invasores sem resistência. Eles foram levados para um barracão na construção.
Maior hidrelétrica de Mato Grosso, Dardanelos vai integrar ao Sistema Nacional 36 cidades atendidas por termelétricas na região. A usina é uma das duas que tiveram construção autorizadas último no leilão de energia nova promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Cem operários foram feitos reféns para exigir compensação financeira pela inundação de áreas indígenas
25 de julho de 2010
Vannildo Mendes, de O Estado de S. Paulo
Pintados para a guerra e armados de flechas e tacapes, índios de onze etnias invadiram neste domingo, 25, o canteiro de construção da usina hidrelétrica de Dardanelos, no Mato Grosso, e tomaram cerca de cem operários como reféns.
Eles querem receber uma compensação financeira de R$ 10 milhões pela inundação de áreas indígenas e a interrupção dos projetos de expansão da produção energética por meio de pequenas centrais (PCHs) previstas ao longo do rio Juruena, que corta as reservas.
Por determinação do Ministério da Justiça, uma comissão, integrada por representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Polícia Federal se deslocará nesta segunda-feira para Aripuanã, norte do Mato Grosso, a cerca de mil quilômetros de Cuiabá, onde fica a sede da hidrelétrica invadida, para negociar a libertação dos reféns e a solução do impasse. Os controladores do empreendimento também entrarão com pedido de reintegração de posse.
A tomada da hidrelétrica foi feita pela manhã por cerca de 300 guerreiros, liderados por caciques das etnias Arara e Cinta Larga, conhecidas pela valentia.
Os cintas largas procedem da mesma região de Rondônia, a Reserva Roosevelt onde, em 2004, foram massacrados 29 garimpeiros num garimpo de diamantes. Os primeiros relatos da invasão são imprecisos, mas não há registro de mortos ou de confronto entre índios e operários, que receberam os invasores sem resistência. Eles foram levados para um barracão na construção.
Maior hidrelétrica de Mato Grosso, Dardanelos vai integrar ao Sistema Nacional 36 cidades atendidas por termelétricas na região. A usina é uma das duas que tiveram construção autorizadas último no leilão de energia nova promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
martes, 20 de julio de 2010
Belo Monte: a volta triunfante da ditadura militar?
Leonardo Boff
O Governo Lula possui méritos inegáveis na questão social. Mas na questão ambiental é de uma inconsciência e de um atraso palmar. Ao analisar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) temos a impressão de sermos devolvidos ao século XIX. É a mesma mentalidade que vê a natureza como mera reserva de recursos, base para alavancar projetos faraônicos, levados avante a ferro e fogo, dentro de um modelo de crescimento ultrapassado que favorece as grandes empresas à custa da depredação da natureza e da criação de muita pobreza. Este modelo está sendo questionado no mundo inteiro por desestabilizar o planeta Terra como um todo e mesmo assim é assumido pelo PAC sem qualquer escrúpulo. A discussão com as populações afetadas e com a sociedade foi pífia. Impera a lógica autoritária; primeiro decide-se depois se convoca a audiência pública. Pois é exatamente isto que está ocorrendo com o projeto da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte no rio Xingu no Estado do Pará.
Tudo está sendo levado aos trambolhões, atropelando processos, ocultando o importante parecer 114/09 de dezembro de 2009, emitido pelo IBAMA (órgão que cuida das questões ambientais) contrário à construção da usina, a opinião da maioria dos ambientalistas nacionais e internacionais que dizem ser este projeto um grave equívoco com consequências ambientais imprevisíveis.
O Ministério Público Federal que encaminhou processos de embargo, eventualmente levando a questão a foros internacionais, sofreu coação da Advocacia Geral da União (AGU), com o apoio público do Presidente, de processar os procuradores e promotores destas ações por abuso de poder.
Esse projeto vem da ditadura militar dos anos 70. Sob pressão dos indígenas apoiados pelo cantor Sting em parceria com o cacique Raoni foi engavetado em 1989. Agora, com a licença prévia concedida no dia 1º de fevereiro, o projeto da ditadura pôde voltar triunfalmente, apresentado pelo Governo como a maior obra do PAC.
Neste projeto tudo é megalômano: inundação de 51.600 ha de floresta, com um espelho d'água de 516 km2, desvio do rio com a construção de dois canais de 500m de largura e 30 km de comprimento, deixando 100 km de leito seco, submergindo a parte mais bela do Xingu, a Volta Grande e um terço de Altamira, com um custo entre 17 e 30 bilhões de reais, desalojando cerca de 20 mil pessoas e atraindo para as obras cerca de 80 mil trabalhadores para produzir 11.233 MW de energia no tempo das cheias (4 meses) e somente 4 mil MW no resto do ano, para por fim, transportá-la até 5 mil km de distância.
Esse gigantismo, típico de mentes tecnocráticas, beira a insensatez, pois, dada a crise ambiental global, todos recomendam obras menores, valorizando matrizes energéticas alternativas, baseadas na água, no vento, no sol e na biomassa. E tudo isso nós temos em abundância. Considerando as opiniões dos especialistas podemos dizer: a usina hidrelétrica de Monte Belo é tecnicamente desaconselhável, exageradamente cara, ecologicamente desastrosa, socialmente perversa, perturbadora da floresta amazônica e uma grave agressão ao sistema-Terra.
Este projeto se caracteriza pelo desrespeito: às dezenas de etnias indígenas que lá vivem há milhares de anos e que sequer foram ouvidas; desrespeito à floresta amazônica cuja vocação não é produzir energia elétrica mas bens e serviços naturais de grande valor econômico; desrespeito aos técnicos do IBAMA e a outras autoridades científicas contrárias a esse empreendimento; desrespeito à consciência ecológica que devido às ameaças que pesam sobre o sistema da vida, pedem extremo cuidado com as florestas; desrespeito ao Bem Comum da Terra e da Humanidade, a nova centralidade das políticas mundiais.
Se houvesse um Tribunal Mundial de Crimes contra a Terra, como está sendo projetado por um grupo altamente qualificado que estuda a reinvenção da ONU sob a coordenação de Miguel d'Escoto, ex-Presidente da Assembléia (2008-2009) seguramente os promotores da hidrelétrica Monte Santo estariam na mira deste tribunal.
Ainda há tempo de frear a construção desta monstruosidade, porque há alternativas melhores. Não queremos que se realizem as palavras do bispo Dom Erwin Kräutler, defensor dos indígenas e contra Belo Monte: "Lula entrará na história como o grande depredador da Amazônia e o coveiro dos povos indígenas e ribeirinhos do Xingu".
Leonardo Boff é representante e co-redator da Carta da Terra.
PS
Queiram escrever para esses e-mails oficiais seja da Presidência da República, seja do Ministério do Meio Ambiente, seja do IBAMA e demais autoridades para reforçar a campanha da suspenção do projeto da construção da Unsina Hedrelétrica de de Belo Monte no Xingu, por amor aos povos indígenas, à Amazônia e à Mãe Terra.
Emails: gabinete@planalto.gov.br
gabinete@mme.gov.br
carlos.minc@mma.gov.br
roberto-messias.franco@ibama.gov.br
Cc: deborah@pgr.mpf.gov.br
jose.coimbra@mme.gov.br
secex@mme.gov.br
ouvidoria.geral@mme.gov.br
vitor.kaniak@ibama.gov.br
izabella.teixeira@mma.gov.br ,
rbja@fase.org.br>
Ao Sr. Presidente da Republica Luiz Inácio Lula da Silva
Ao Sr. Ministro de Energia Edison Lobão
Ao Sr Ministro do Meio Ambiente Carlos Minc
Ao Sr. Presidente do IBAMA Roberto Messias Franco
Cc: A Subprocuradora geral da Republica sra Débora Duprat
Ao Secretário-Executivo do MME Márcio Pereira Zimmermann
Ao Chefe de Gabinete do MME José Antonio Corrêa Coimbra
A Secretaria Executiva do MMA Izabella Mônica Vieira Teixeira
Ao Secretario de energia Elétrica do MME Josias Matos de Araujo
Ao Chefe de Gabinete do IBAMA Sr Vitor Carlos Kaniak
Leonardo Boff
O Governo Lula possui méritos inegáveis na questão social. Mas na questão ambiental é de uma inconsciência e de um atraso palmar. Ao analisar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) temos a impressão de sermos devolvidos ao século XIX. É a mesma mentalidade que vê a natureza como mera reserva de recursos, base para alavancar projetos faraônicos, levados avante a ferro e fogo, dentro de um modelo de crescimento ultrapassado que favorece as grandes empresas à custa da depredação da natureza e da criação de muita pobreza. Este modelo está sendo questionado no mundo inteiro por desestabilizar o planeta Terra como um todo e mesmo assim é assumido pelo PAC sem qualquer escrúpulo. A discussão com as populações afetadas e com a sociedade foi pífia. Impera a lógica autoritária; primeiro decide-se depois se convoca a audiência pública. Pois é exatamente isto que está ocorrendo com o projeto da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte no rio Xingu no Estado do Pará.
Tudo está sendo levado aos trambolhões, atropelando processos, ocultando o importante parecer 114/09 de dezembro de 2009, emitido pelo IBAMA (órgão que cuida das questões ambientais) contrário à construção da usina, a opinião da maioria dos ambientalistas nacionais e internacionais que dizem ser este projeto um grave equívoco com consequências ambientais imprevisíveis.
O Ministério Público Federal que encaminhou processos de embargo, eventualmente levando a questão a foros internacionais, sofreu coação da Advocacia Geral da União (AGU), com o apoio público do Presidente, de processar os procuradores e promotores destas ações por abuso de poder.
Esse projeto vem da ditadura militar dos anos 70. Sob pressão dos indígenas apoiados pelo cantor Sting em parceria com o cacique Raoni foi engavetado em 1989. Agora, com a licença prévia concedida no dia 1º de fevereiro, o projeto da ditadura pôde voltar triunfalmente, apresentado pelo Governo como a maior obra do PAC.
Neste projeto tudo é megalômano: inundação de 51.600 ha de floresta, com um espelho d'água de 516 km2, desvio do rio com a construção de dois canais de 500m de largura e 30 km de comprimento, deixando 100 km de leito seco, submergindo a parte mais bela do Xingu, a Volta Grande e um terço de Altamira, com um custo entre 17 e 30 bilhões de reais, desalojando cerca de 20 mil pessoas e atraindo para as obras cerca de 80 mil trabalhadores para produzir 11.233 MW de energia no tempo das cheias (4 meses) e somente 4 mil MW no resto do ano, para por fim, transportá-la até 5 mil km de distância.
Esse gigantismo, típico de mentes tecnocráticas, beira a insensatez, pois, dada a crise ambiental global, todos recomendam obras menores, valorizando matrizes energéticas alternativas, baseadas na água, no vento, no sol e na biomassa. E tudo isso nós temos em abundância. Considerando as opiniões dos especialistas podemos dizer: a usina hidrelétrica de Monte Belo é tecnicamente desaconselhável, exageradamente cara, ecologicamente desastrosa, socialmente perversa, perturbadora da floresta amazônica e uma grave agressão ao sistema-Terra.
Este projeto se caracteriza pelo desrespeito: às dezenas de etnias indígenas que lá vivem há milhares de anos e que sequer foram ouvidas; desrespeito à floresta amazônica cuja vocação não é produzir energia elétrica mas bens e serviços naturais de grande valor econômico; desrespeito aos técnicos do IBAMA e a outras autoridades científicas contrárias a esse empreendimento; desrespeito à consciência ecológica que devido às ameaças que pesam sobre o sistema da vida, pedem extremo cuidado com as florestas; desrespeito ao Bem Comum da Terra e da Humanidade, a nova centralidade das políticas mundiais.
Se houvesse um Tribunal Mundial de Crimes contra a Terra, como está sendo projetado por um grupo altamente qualificado que estuda a reinvenção da ONU sob a coordenação de Miguel d'Escoto, ex-Presidente da Assembléia (2008-2009) seguramente os promotores da hidrelétrica Monte Santo estariam na mira deste tribunal.
Ainda há tempo de frear a construção desta monstruosidade, porque há alternativas melhores. Não queremos que se realizem as palavras do bispo Dom Erwin Kräutler, defensor dos indígenas e contra Belo Monte: "Lula entrará na história como o grande depredador da Amazônia e o coveiro dos povos indígenas e ribeirinhos do Xingu".
Leonardo Boff é representante e co-redator da Carta da Terra.
PS
Queiram escrever para esses e-mails oficiais seja da Presidência da República, seja do Ministério do Meio Ambiente, seja do IBAMA e demais autoridades para reforçar a campanha da suspenção do projeto da construção da Unsina Hedrelétrica de de Belo Monte no Xingu, por amor aos povos indígenas, à Amazônia e à Mãe Terra.
Emails: gabinete@planalto.gov.br
gabinete@mme.gov.br
carlos.minc@mma.gov.br
roberto-messias.franco@ibama.gov.br
Cc: deborah@pgr.mpf.gov.br
jose.coimbra@mme.gov.br
secex@mme.gov.br
ouvidoria.geral@mme.gov.br
vitor.kaniak@ibama.gov.br
izabella.teixeira@mma.gov.br ,
rbja@fase.org.br>
Ao Sr. Presidente da Republica Luiz Inácio Lula da Silva
Ao Sr. Ministro de Energia Edison Lobão
Ao Sr Ministro do Meio Ambiente Carlos Minc
Ao Sr. Presidente do IBAMA Roberto Messias Franco
Cc: A Subprocuradora geral da Republica sra Débora Duprat
Ao Secretário-Executivo do MME Márcio Pereira Zimmermann
Ao Chefe de Gabinete do MME José Antonio Corrêa Coimbra
A Secretaria Executiva do MMA Izabella Mônica Vieira Teixeira
Ao Secretario de energia Elétrica do MME Josias Matos de Araujo
Ao Chefe de Gabinete do IBAMA Sr Vitor Carlos Kaniak
lunes, 19 de julio de 2010
Bispo da Universal: como arrecadar dinheiro em tempos de crise.
Folha.com
http://www.univision.com/uv/video/Bispo-da-Universal%3A-como-tirar-dinheiro-/id/531718091
O vídeo mostra trechos da gravação de uma videoconferência realizada em novembro de 2008. Nela, a direção da Igreja Universal orienta pastores de todo o Brasil a se aproximarem de bandidos e presos para evitar assaltos à instituição. A reportagem de Rubens Valente, publicada na Folha, envolve o bispo Romualdo Panceiro como o condutor da reunião. Ele é apontado por Edir Macedo, número um na hierarquia da instituição, como seu sucessor. Procurada pela reportagem, a igreja negou sugerir acordo com criminosos, diálogos permanentes de pastores e bispos com chefes de comunidades.
IURD constroi catedrais para dar dignidade aos dizimistas
A Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) vai construir réplica do templo de Salomão no Brás, bairro localizado na zona leste da capital paulista, que terá 55 metros de altura, o equivalente a um prédio de 18 andares, e 70 mil metros quadrados de área construída, maior do que um campo oficial de futebol.
Veja o artigo completo em ALC NOTICIAS - http://www.alcnoticias.net/interior.php?lang=689&codigo=17436
http://www.univision.com/uv/video/Bispo-da-Universal%3A-como-tirar-dinheiro-/id/531718091
O vídeo mostra trechos da gravação de uma videoconferência realizada em novembro de 2008. Nela, a direção da Igreja Universal orienta pastores de todo o Brasil a se aproximarem de bandidos e presos para evitar assaltos à instituição. A reportagem de Rubens Valente, publicada na Folha, envolve o bispo Romualdo Panceiro como o condutor da reunião. Ele é apontado por Edir Macedo, número um na hierarquia da instituição, como seu sucessor. Procurada pela reportagem, a igreja negou sugerir acordo com criminosos, diálogos permanentes de pastores e bispos com chefes de comunidades.
IURD constroi catedrais para dar dignidade aos dizimistas
A Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) vai construir réplica do templo de Salomão no Brás, bairro localizado na zona leste da capital paulista, que terá 55 metros de altura, o equivalente a um prédio de 18 andares, e 70 mil metros quadrados de área construída, maior do que um campo oficial de futebol.
Veja o artigo completo em ALC NOTICIAS - http://www.alcnoticias.net/interior.php?lang=689&codigo=17436
Líder ateísta 'desbatiza' seguidores com secador de cabelo
Líder ateísta 'desbatiza' seguidores com secador de cabelo
Um líder ateísta "desbatizou" dezenas de seguidores não crentes usando no ritual um secador de cabelo. Com o aparelho, simbolicamente, ele retirou toda a água lançada na cabeça durante o batismo tradicional. A cerimônia "desreligiosa" foi exibida no popular programa "Nightline", da rede ABC, nos EUA.
Edwin Kagin, responsável pelo "desbatismo", disse acreditar que os pais cometem um grande erro ao deixar as crianças serem batizadas sem que elas tenham idade para entender o que está se passando. O líder ateísta, criado em família presbiteriana, chega a afirmar que alguns casos de educação religiosa deveriam ser punidos por "abuso infantil". Ele classifica a sua "anticruzada" como uma "guerra civil religiosa americana". Formado em Direito, ele percorre os EUA defendendo suas ideias.
"Fui batizada como católica, mas não me lembro de nada. Minha mãe diz que eu gritava muito. Então você pode perceber que mesmo bem nova eu não queria ser batizada. Não é justo. Eu nasci ateia e me forçaram a ser católica", afirmou Cambridge Boxterman, de 24 anos, que ganhou de Kagin uma "certidão de desbatismo" em Newark.
Ironicamente, um dos filhos de Kagin se tornou um sacerdote cristão fundamentalista depois de ter tido, segundo ele, uma "revelação de Jesus Cristo".
Clique aqui e assista à reportagem da ABC
Enviado por Fernando Moreira - 19.07.2010 08h30m
Um líder ateísta "desbatizou" dezenas de seguidores não crentes usando no ritual um secador de cabelo. Com o aparelho, simbolicamente, ele retirou toda a água lançada na cabeça durante o batismo tradicional. A cerimônia "desreligiosa" foi exibida no popular programa "Nightline", da rede ABC, nos EUA.
Edwin Kagin, responsável pelo "desbatismo", disse acreditar que os pais cometem um grande erro ao deixar as crianças serem batizadas sem que elas tenham idade para entender o que está se passando. O líder ateísta, criado em família presbiteriana, chega a afirmar que alguns casos de educação religiosa deveriam ser punidos por "abuso infantil". Ele classifica a sua "anticruzada" como uma "guerra civil religiosa americana". Formado em Direito, ele percorre os EUA defendendo suas ideias.
"Fui batizada como católica, mas não me lembro de nada. Minha mãe diz que eu gritava muito. Então você pode perceber que mesmo bem nova eu não queria ser batizada. Não é justo. Eu nasci ateia e me forçaram a ser católica", afirmou Cambridge Boxterman, de 24 anos, que ganhou de Kagin uma "certidão de desbatismo" em Newark.
Ironicamente, um dos filhos de Kagin se tornou um sacerdote cristão fundamentalista depois de ter tido, segundo ele, uma "revelação de Jesus Cristo".
Clique aqui e assista à reportagem da ABC
Enviado por Fernando Moreira - 19.07.2010 08h30m
Que queremos nesse blog?
Não sabemos se os discípulos de Emaús (Lucas 24.13-35) existiram realmente. Na verdade eles mais parecem ser um símbolo para todos os discípulos de Jesus. A igreja se interessou e preservou essa narração, porque ela expressa o que sempre de novo sentimos em cada um de nós: a fé desanimada diante das frustrações, envolvida pela desesperança. Esse sentimento dos discípulos de Emaús, aparece sempre de novo na história dos cristãos e cristãs.
No entanto, no caminho para Emaús aconteceu um intenso compartilhar. O compartilhar da dor, da decepção, mas também o compartilhar o fogo da utopia que inflama o coração e ressuscita a esperança. Essa é a proposta desse BLOG. Ser um espaço onde se possa compartilhar lamentos e alegrias, perguntas e recursos para o trabalho pastoral e para reflexao política, social que vao estar disponibilizados num grande arquivo on-line.
Paz e Bem
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